As tarifas de Trump contra o Brasil: quem paga a conta nos EUA?
Mas enquanto no Brasil os olhos estão voltados para os efeitos imediatos sobre o agronegócio e a indústria, pouco se fala de quem realmente paga a conta nos Estados Unidos.
O impacto para os americanos será real e amplo:
✅ Consumidores comuns sentirão no bolso. Café premium, açúcar, suco de laranja, carne bovina industrializada e etanol terão aumentos expressivos nos supermercados e postos de gasolina. Os EUA dependem fortemente do Brasil para esses produtos, e alternativas locais ou importadas tendem a custar mais caro.
✅ Indústrias vão enfrentar custos mais altos. Setores como papel e celulose, siderurgia e biocombustíveis dependem de insumos brasileiros. As tarifas criam gargalos e aumentam custos produtivos, prejudicando a competitividade global das empresas americanas.
✅ O agronegócio americano entrará em rota de colisão. O governo Lula já sinalizou retaliação sobre exportações agrícolas dos EUA, como soja, milho e maquinário. Para os agricultores de estados-chave como Iowa, Nebraska e Illinois, isso significa risco de perder mercado externo — justamente num momento de incerteza internacional.
✅ A geopolítica vai balançar. A China e a União Europeia devem aproveitar o vácuo deixado pelos EUA no mercado brasileiro. Resultado? Menor influência americana na América Latina, um contrassenso para a política externa histórica de Washington.
✅ O clima político interno polariza. Para uns, Trump age como defensor do livre mercado e dos aliados políticos globais. Para outros, ele gera inflação, instabilidade e enfraquece as cadeias produtivas internas. O efeito eleitoral é imprevisível.
No fim, a pergunta que fica é: as tarifas protegem ou prejudicam os interesses dos próprios Estados Unidos?
Enquanto a política joga xadrez, o mercado e a sociedade pagam a conta.
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